Exposição coletiva "Nova Pintura Figurativa", MAC-RS, Porto Alegre, 1994
"Ricardo Frantz está tentando recuperar a memória cultural marginalizada da arte. O caráter de pastiche de sua obra atual, feita de ícones de mau gosto, procedimentos fáceis e a ênfase na pintura de gênero, denota o esforço em recuperar o lixo cultural, a produção dos pintores de rua, dos naïfs, dos objetos kitsch. Ao lado desta tentativa de recuperação da dignidade perdida das manifestações culturais marginalizadas, Ricardo Frantz percorre um caminho de autoconhecimento através da sua arte, onde o elemento religioso compartilha do mesmo espaço da citação culta, da inscrição em latim, da referência ao gosto pessoal. A narrativa de sua pintura deve ser compreendida como uma linguagem de aparências, onde o que está explicitado não é necessariamente e o que significa, mas o que pode vir a significar."
Paulo Gomes, curador.
Texto do catálogo da exposição Nova Pintura Figurativa, 1994,
Galeria Iberê Camargo do MAC-RS, Porto Alegre
Querida, cheguei bem! acrílica, 70x70 cm
Ave Maria, ready-made retificado #3,
interferência sobre estampa popular, 30x40 cm